22.3.12

maravilhas gastronómicas dos açores inspiram o flores, no bairro alto hotel, a criar semana do mar (até 25.03)

[A temerária Bicuda, também conhecida por barracuda ou Sphyraena viridensis, (©jp barreiros, todos os direitos reservados)]

Prestes a completar um ano de casa, o jovem chef Vasco Lello (falei dele aqui e aqui) tem feito um percurso discreto, sem muito alarido à sua volta, mas interessante; sobretudo se levarmos em conta que um restaurante de hotel obriga sempre a um compromisso (nem sempre fácil de gerir, diga-se) entre a cozinha mais autoral e uma série de pratos pièce de resistance (os mais "clássicos" que, por se tratar de um hotel, todos esperam encontrar ali).

[A decoração do Flores alusiva à Semana Gastronómica do Mar dos Açores (©sofia simões, todos os direitos reservados)]

Premiado, não faz muito tempo, com “2 Garfos” no concurso Lisboa à Prova, o restaurante Flores, comandado por Lello, tem feito um esforço assinalável para não ficar fechado na sua concha, nem limitado a quem se hospeda no hotel, e continua a apostar em iniciativas e eventos gastronómicos para atrair os lisboetas (e não só) até si.

[Pequeno e intimista, o Flores deixa entrar um pouco do Chiado a caminho do Bairro Alto pelas suas janelas (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]


É o caso da Semana Gastronómica do Mar dos Açores, a decorrer até ao próximo domingo (dia 25), que corrobora a preocupação de Lello em incluir, cada vez mais (e isso nota-se igualmente a cada nova carta sazonal), produtos portugueses como tortulhos, zimbro, castanhas e, claro, o bom peixe da nossa costa.

[Queijo fresco com pimentão e manteiga temperada com flor de sal, o couvert (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]


O peixe português, para quem ainda não reparou, está em alta; em especial o que nos chega do arquipélago açoriano. Mais do que as teses, os argumentos e o interesse de saber se é ou não o melhor do mundo — este tipo de afirmações envolvem sempre alguma subjetividade, mas, neste caso, pode ter o mérito de gerar maior discussão em torno do tema e com isso agregar novas adesões à "causa" —, importa saber que, de dia para dia, ganha adeptos na alta gastronomia nacional e internacional, sendo já vários os chefs que não o dispensam nos seus cardápios.

[Na entrada, creme de caranguejo e pimenta da terra com croutons de massa sovada (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] 

Voltando à proposta temática do Flores, Lello não se limitou, como seria de esperar, ao peixe açoriano. Este foi, digamos, a base, o ponto de partida para criar, diariamente e ao longo de uma semana, uma série de entradas e pratos (além das sobremesas, que não levam peixe nem mariscos) que deitam mão a outros ingredientes típicos dos Açores como o inhame, o maracujá ou a batata doce. E não só.

[Outra opção de entrada, queijo da serra da Estrela
marinado em carpacio e queijo da ilha (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

A ementa de inspiração açoriana muda todos os dias, até domingo, e está a ser servida numa fórmula de menu executivo (€21 por pessoa) com direito a escolher uma entrada, um prato e uma sobremesa. A exceção é a sexta-feira, dia 23, em que o Flores mantém o seu habitual buffet (mas que neste caso alinhará pelo tema, mantendo o valor de €27,50 por pessoa).

[Nos pratos, peixe-espada assado com batata-doce, ananás e maracujá (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Peixes como a moreia, o encharéu, a bicuda, o rocaz, a abrótea, o peixe-porco, o atum, a cavala, o peixe-espada ou o espadarte (só para citar alguns) são as estrelas do menu, que ainda assim manteve, em paralelo e numa versão mais reduzida, outras propostas da estação. Estive ali ontem, ao almoço, e Lello, com quem troquei algumas impressões no final da refeição, pareceu-me, não obstante a sala a meio-gás,  satisfeito com a adesão das pessoas ao menu-temático.

[Ainda outro prato, bicuda com inhame, linguiça e espinafres (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Confesso, fiz coincidir a minha ida com um dia em que a ementa me agradou mais e a ideia é mesmo essa; mesmo não sobrando muitas mais oportunidades para o fazer, vale a pena chamar a atenção para o próximo fim-de-semana, altura em que, por razões óbvias, concentraram alguns dos pontos mais altos desta semana.

[Nas sobremesas, um créme brûlée pouco convencional, pois leva anona e biscoito crocante (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] 

Para facilitar a escolha, copio abaixo o menu:

Quinta-Feira 
Entradas – Abrótea e funcho em sopa ou Lula em ceviche, de alhada e assada com manteiga de ervas
Pratos - Espadarte Burger ou Boca-negra em caldo miso e aipo
Sobremesa – Tomate capuchinho

Sexta-Feira 
Buffet

Sábado
Entradas – Atum braseado com creme de ouriço ou Salada de cavaco, flores e maracujá
Pratos - Bicuda braseada com arroz de lapas ou Bagre numa massada 

Domingo 
Entradas – Escolar com côco lima e malagueta ou Safio/enguia assado/a e caviar de Czar
Pratos - Alfonsim com ostras, ervilhas e xeróvias ou Anchova com polvo estufado em vinho de cheiro

[As trufas servidas com o café, um apontamento sempre simpático para encerrar o repasto (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Já agora, antes de encerrar o post, não custa acrescentar que, numa parceria entre o Bairro Alto Hotel e a Sata, foi ainda criado um passatempo alusivo à semana gastronómica. Tudo o que precisa fazer, além de almoçar ou jantar por estes dias, é escrever uma frase inspirada que inclua as palavras "restaurante Flores", "Açores" e "peixe". A frase vencedora,  selecionada pelo Bairro Alto Hotel e Sata, será anunciada no dia 26 de Março e dá direito a uma viagem para duas pessoas a Ponta Delgada, em São Miguel.


Bairro Alto Hotel, Praça Luís de Camões, 2, tel. 213 408 252, almoços, todos os dias, entre as 12.30 e as 15.00; jantares, de dom. a qua., entre as 19.30 e as 22.30; de qui. a sáb., entre as 19.30 e as 23.30

21.3.12

há uma nova capicua na cidade: o brunch do eleven em 11 passos, todos os sábados

[Mesa a preceito para o novo brunch de sábado do Eleven (foto de divulgação)]

Não é que seja insensível à poesia do nascer do dia. Tão pouco faço vista grossa à beleza diáfana da luz matinal, mas, e a verdade é essa, "I'm not a morning person", se é que me faço entender.

[O Jardim Amália Rodrigues, em pleno centro de Lisboa, está cheio de recantos que nos fazem crer a milhas da confusão urbana (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Por isso mesmo, ainda não se usava por cá, e já eu tinha aderido, de corpo e alma, ao conceito de brunch. Se não gostam do termo, chamem-lhe "pequeno-almoço almoçarado", "almoço com cara de pequeno-almoço" "almoço-pequeno"; o que preferirem, como preferirem, não importa. 

[O Jardim Amália Rodrigues é perfeito para descontrair antes ou depois do brunch no Eleven (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

O que vale mesmo é a intenção, e essa é, parece-me, genuinamente boa. Agrada-me sobremaneira a possibilidade de poder acordar tarde ao fim-de-semana e, mesmo assim, ir a tempo de me reunir à mesa com amigos, familiares, quem seja. Porque àquela hora, por regra, já é tarde para tomar o pequeno-almoço, mas, por se tratar da primeira refeição do dia, ainda não nos apetece que tenha exatamente o jeito de um almoço. Para mim, é esse o espírito do brunch: algo entre uma coisa e outra, sem pressas de sair da mesa, sem olhar para o relógio, à margem de convenções e rotinas.

[A vista, até ao Tejo, a partir do alto do Parque Eduardo VII (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Há coisa de duas semanas, num sábado já primaveril e pleno de possibilidades, o Eleven, que tem entre os seus 11 sócios o chef Joachim Koerper e o grupo Lágrimas Hotels & Emotions (já falei de todos eles neste blog, por mais de uma vez e por diferentes motivos, por isso vou-me abster de maiores apresentações), aderiu à moda e lançou a sua própria versão de brunch.

[As janelas de alto a baixo, a todo o comprimento do Eleven, desvendam meia Lisboa (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Tratando-se do Eleven, claro que a fasquia é mais alta. Servido apenas aos sábados, entre as 12 e as 15 horas, tem um custo de €35 por pessoa. É um horário reduzido (para os padrões habituais do que se entende por brunch) e um preço um tanto "puxado" (quando comparado a outras opções já existente em Lisboa), mas temos de saber avaliar as coisas pelo que elas são (e valem). O Eleven é um restaurante de luxo, numa zona privilegiada da cidade (no alto do Parque Eduardo VII, já dentro do Jardim Amália Rodrigues, com uma vista primorosa), e o serviço de brunch idealizado por Koerper e pela sua equipa faz jus a isso mesmo.

[O ambiente da sala (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Do brunch, propriamente dito, darei todos os pormenores daqui a nada. Antes, cabe aqui um preâmbulo para falar de uma outra coisa, ou melhor, de um outro prazer, que associo a esse ritual: o poder, enquanto lisboeta, desfrutar da minha cidade e ser também eu um pouco turista. É algo que faço com frequência e recomendo vivamente. Ainda mais neste caso, porque o brunch do Eleven dá-nos o pretexto perfeito para, antes ou depois, ficar no Jardim Amália Rodrigues a usufruir da vista, dos espaços verdes, do lago e da calma. As crianças adoram e os adultos voltam a ser, também eles, um pouco crianças.

[A ementa, em 11 pedaços, do brunch do Eleven (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

De caras, uma vantagem do Eleven é que, graças às suas janelas de alto a baixo, a todo o comprimento da sala, não vai precisar abdicar da vista, nem do Sol nem da vida lá fora, enquanto estiver a "brunchar".

[Açúcar ou adoçante? (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Chegados a este ponto, é tempo de nos instalarmos à mesa e deixarmos os trabalhos fluírem. Isto porque, ao contrário da maioria dos brunchs que funciona em regime de buffet, o do Eleven é servido a preceito, em 11 momentos ou pedaços (como entenderam chamar-lhes). Será que fica mais formal por isso? Fica, mas lá está, é esta a proposta do Eleven e, convenhamos, é muito bom também ficarmos à mesa com todas as coisas a virem até nós. 

[A pastelaria do Eleven, com diferentes tipos de croissants, donuts, telhas... (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

À entrada, para abrir os trabalhos, uma cesta com vários tipos de pães, manteiga, compota de abóbora, café, chá, leite, sumo de laranja e também uma travessa nanabesca de croissants, donuts, telhas (uma das marcas registadas da casa, muito finas e crocantes), caracóis, madalenas, entre outras coisas boas e doces. Todas elas, bem como os pães, produzidas na casa pelos chefs-pasteleiros Gonçalo União e Elisa Estrelinha

[Os bolos são todos confecionados no Eleven (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Um verdadeiro festim.  

[Os pães e a compota de abóbora (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Onde os olhos, detalhe importante, também comem.

[As flores dão o toque primaveril indispensável (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Segunda etapa. Entram os frios, em prato individual, com boa variedade de fiambres, queijos e salmão fumado.

[O prato de frios (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

As frutas, servidas em seguida, são fundamentais para limpar o palato, refrescando as papilas gustativas, e encorajar-nos a continuar.

[As frutas (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Uma mini cocotte chega à mesa. A peça em ferro, criada pela Staub, faz as delícias de quem aprecia estes detalhes, mas logo é o seu recheio que ganha todas as atenções: salsichas biológicas com especiarias e ovos mexidos. 

[Na cocotte, salsichas biológicas e ovos mexidos (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Este tipo de comida já pede outro acompanhamento, por isso é-nos servido um vinho espumante, mais precisamente um cava da vizinha Espanha. 

[Espumante ao brunch? Sim, pode (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

O que se vem a revelar igualmente certeiro para a maridagem com o último prato: cachaço de porco preto com legumes grelhados e batata palha.

[Cachaço de porco preto (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Muita comida? Que nada, afinal é sábado e toda a preguiça não será castigada. E querem maior regalo do que ficar depois, logo ali, a ver a vida e Lisboa a passar? 

Av. Marquês da Fronteira (dentro do Jardim Amália Rodrigues), tel. 213 862 211, o brunch é servido, todos os sábados, entre as 12.00 e as 15.00

28.2.12

o novo "astral" da avenida da liberdade | fotoblog


Não sei se já deram conta, mas a principal avenida da cidade, a da Liberdade, está diferente.


Dir-me-ão que, com esta Primavera temporã, está mais florida e que acrescentou a Gucci ao seu lote de lojas de luxo, mas não é disso que estou a falar.


Já repararam nos pilaretes?


Nos bancos de jardim? Nos Candeeiros?


E, já agora, nos mupis?


Confesso, quando li a respeito, estava à espera de algo que desse mais no olho e quase temi isso.


Mas não.


É preciso prestar atenção para não passar batido.


A iniciativa conta-se em poucas linhas e outras tantas fotos: a Avenida da Liberdade aderiu ao Feng Shui e coloriu-se.


Happy Liberdade é um projeto conjunto da Câmara Municipal de Lisboa e a Dyrup (tintas, decoração e arquitetura).


Seguindo os ensinamentos milenares do Feng Shui, a avenida passou a estar dividida em oito áreas energéticas, com zonas propícias às mais diversas atividades.


A Dyrup criou e afinou tonalidades para estimular, ao máximo, sensações em cada uma das oito áreas energéticas.

Entre bancos, gradeamentos, pilaretes e candeeiros, a Dyrup recuperou e reparou mais de 2000 peças de mobiliário urbano, que depois foram pintadas e decoradas segundo a sua respetiva área energética.


No final de 2012, a avenida voltará à sua cor original, também pelas mãos da Dyrup.


16.2.12

de castro elias, porque às vezes tudo o que nos apetece é petiscar (e simplificar)

[Miguel Castro e Silva, o chef portuense, há uns tempos em Lisboa, é o consultor do De Castro Elias (foto de divulgação)]


Já passa das nove. 

R., volta e meia minha cúmplice nestas coisas dos prazeres da mesa, está atrasada.

Ataco o couvert e aceito a sugestão de abrir oficialmente a noite com um vinho verde minhoto de Gil Vaz Avesso (€3,20). Médio.

Há tempos que estou para escrever sobre o De Castro Elias, mas, por não ser mais uma novidade e por ter outras prioridades, venho adiando...

[Branco mais branco não há (foto de divulgação)]

... até que hoje, a pretexto do meu último jantar ali, me decidi. Primeiro, nunca foi minha intenção falar apenas de coisas novas; segundo, é provável que, tal como R., muitas outras pessoas ainda não conheçam este espaço.

[À entrada, as mesas altas lembram mais um bar (foto de divulgação)]

No trecho final da Elias Garcia, quase colado à rua Marquês de Sá Bandeira, o De Castro Elias foi buscar o nome à avenida e ao chef portuense Miguel Castro e Silva, que, a par do seu restaurante Largo (Chiado, Lisboa), faz aqui as vezes de consultor.

[O couvert (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Projeto idealizado por quatro sócios, o De Castro Elias não tem pretensões a ser mais do que é: petiscaria moderna, com apenas 36 lugares, onde servem vários pratos do receituário tradicional português, revisitados e a bom preço.

[A ementa (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Assim mesmo, sem tirar nem pôr.

Existem vários outros espaços em Lisboa que seguem uma filosofia idêntica, mas, sem alardes ou modismos exagerados, o De Castro Elias possui freguesia cativa e é, na minha opinião, dos que se podem gabar de ter uma ótima relação qualidade-preço.

[A cavala fumada, um peixe muito subestimado e relegado para segundo plano, que os chefs começam agora a recuperar. Esta estava deliciosa e eu nem sou apreciador! (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

A área útil não é muito grande, mas está bem aproveitada, tanto que acrescentaram, digamos, um cantinho onde funcionam igualmente como loja gourmet. Para comer, ou nos sentamos nas mesas altas, de um vermelho vivo, à entrada, ou nos instalamos nas mesas mais recuadas, onde o branco é quem mais ordena. São um espaço só, mas a primeira lembra mais um bar e a segunda um restaurante.

[Ainda nos quentes, mexilhões e morcela com maçã. Nham! (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Na ementa, curta, há vinho a copo (entre €2,50 e €5,60), pratos do dia (de segunda a sexta, preço médio de €9,60) e um menu para duas pessoas a €34 (Requeijão com compota de abóbora, Maionese de camarão com ovo, Pipis de fígado de frango, Iscas de cachaço de bacalhau, Empadinha de frango e cogumelos, Rojões de porco com milhos de tomate).

[Bem interessante, e saborosa, esta tiborna de bacalhau faz uma releitura da versão servida com batatas a murro (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

E não é só. 

[Depois da primeira garfada... (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Várias outras sugestões repartidas por três seções: picar, frios e quentes. E também sobremesas, pois então.

[E ainda houve apetite, e curiosidade, para esta raia de alhada (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Eu prefiro sempre partilhar os petiscos e depois, se ainda houver apetite, passar a um dos pratos. 

Ah, nota positiva para a água da torneira, como agora é da praxe, servida numa garrafa de vidro estilizada e sem custos. Faz sentido que assim seja e que quem deseje uma água diferente pague por isso. No final, deu €25 por pessoa, mas dá para fazer por menos.

Av. Elias Garcia, 180-BLisboa, tel. 217 979 214, todos os dias, entre as 12.30 e as 15.00 e entre as 19.30 e as 23.30.

15.2.12

é segredo, mas jamie oliver deve vir a lisboa em outubro ao continente e não é para fazer compras

[Jamie Oliver (direitos reservados)]

Não, o galo da foto, ao colo do Jamie Oliver, ainda não é o de Barcelos, mas quem poderá vir a cantar de galo muito em breve é a cadeia de supermercados Continente, pertencente ao grupo Sonae.

A confirmar-se o que ouvi há dias, em off, o grupo de Belmiro de Azevedo está quase a levar a melhor à rival Jerónimo Martins, que detém o Pingo Doce.

Os dois hipermercados disputam a vinda a Lisboa, em Outubro, do chef britânico Jamie Oliver, conhecido no mundo inteiro pelos seus livros de receitas, pelos programas de televisão e pela proeza de ter revolucionado a cadeia alimentar do sistema de ensino da Grã-Bretanha.

O negócio está a ser ultimado por uma empresa tuga do norte, especializada em comunicação e marketing gastronómico, e envolve valores que rondam os cerca de €140 mil euros. Detalhe: o cachet é para apenas dois dias...

A avaliar pelo que aconteceu durante a passagem recente de Anthony Bourdain, outro chef que ascendeu à categoria de vedeta depois de escrever best-sellers e de estrelar programas de televisão, adivinha-se nova comoção nesta capital à beira-rio plantada.


Post-scriptum: ainda sem confirmar a vida de Oliver a Portugal, que avancei neste post, o Continente tornou, entretanto, pública a sua parceria com o mediático chef britânico. Desde 12 de Março, a rede de hipermercados portuguesa vende em exclusivo, no território nacional, 15 produtos da linha alimentar inspirada em Itália criada por Oliver.
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