[Miguel Castro e Silva, o chef portuense, há uns tempos em Lisboa, é o consultor do De Castro Elias (foto de divulgação)] |
Já passa das nove.
R., volta e meia minha cúmplice nestas coisas dos prazeres da mesa, está atrasada.
Ataco o couvert e aceito a sugestão de abrir oficialmente a noite com um vinho verde minhoto de Gil Vaz Avesso (€3,20). Médio.
Há tempos que estou para escrever sobre o De Castro Elias, mas, por não ser mais uma novidade e por ter outras prioridades, venho adiando...
[Branco mais branco não há (foto de divulgação)] |
... até que hoje, a pretexto do meu último jantar ali, me decidi. Primeiro, nunca foi minha intenção falar apenas de coisas novas; segundo, é provável que, tal como R., muitas outras pessoas ainda não conheçam este espaço.
[À entrada, as mesas altas lembram mais um bar (foto de divulgação)] |
No trecho final da Elias Garcia, quase colado à rua Marquês de Sá Bandeira, o De Castro Elias foi buscar o nome à avenida e ao chef portuense Miguel Castro e Silva, que, a par do seu restaurante Largo (Chiado, Lisboa), faz aqui as vezes de consultor.
[O couvert (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Projeto idealizado por quatro sócios, o De Castro Elias não tem pretensões a ser mais do que é: petiscaria moderna, com apenas 36 lugares, onde servem vários pratos do receituário tradicional português, revisitados e a bom preço.
[A ementa (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Assim mesmo, sem tirar nem pôr.
Existem vários outros espaços em Lisboa que seguem uma filosofia idêntica, mas, sem alardes ou modismos exagerados, o De Castro Elias possui freguesia cativa e é, na minha opinião, dos que se podem gabar de ter uma ótima relação qualidade-preço.
A área útil não é muito grande, mas está bem aproveitada, tanto que acrescentaram, digamos, um cantinho onde funcionam igualmente como loja gourmet. Para comer, ou nos sentamos nas mesas altas, de um vermelho vivo, à entrada, ou nos instalamos nas mesas mais recuadas, onde o branco é quem mais ordena. São um espaço só, mas a primeira lembra mais um bar e a segunda um restaurante.
[Ainda nos quentes, mexilhões e morcela com maçã. Nham! (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Na ementa, curta, há vinho a copo (entre €2,50 e €5,60), pratos do dia (de segunda a sexta, preço médio de €9,60) e um menu para duas pessoas a €34 (Requeijão com compota de abóbora, Maionese de camarão com ovo, Pipis de fígado de frango, Iscas de cachaço de bacalhau, Empadinha de frango e cogumelos, Rojões de porco com milhos de tomate).
[Bem interessante, e saborosa, esta tiborna de bacalhau faz uma releitura da versão servida com batatas a murro (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
E não é só.
[Depois da primeira garfada... (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Várias outras sugestões repartidas por três seções: picar, frios e quentes. E também sobremesas, pois então.
[E ainda houve apetite, e curiosidade, para esta raia de alhada (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Eu prefiro sempre partilhar os petiscos e depois, se ainda houver apetite, passar a um dos pratos.
Ah, nota positiva para a água da torneira, como agora é da praxe, servida numa garrafa de vidro estilizada e sem custos. Faz sentido que assim seja e que quem deseje uma água diferente pague por isso. No final, deu €25 por pessoa, mas dá para fazer por menos.
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