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16.3.11

confraria lx (casa de chá)

[Entrada na rua do Alecrim, serviço de chá e aspecto geral da sala; abaixo: scones; fotos de JMS]


Testado (e aprovado) o conceito em Cascais, os sócios decidiram tentar também a sua sorte em Lisboa, pelo que da soma nasceu a Confraria Lx.
A recuperação de muitos edifícios, a par da abertura de lojas, restaurantes e cafetarias, está a dar um segundo fôlego à rua do Alecrim, e foi precisamente ai, logo no início para quem vem do Cais do Sodré, que o restaurante assentou arraiais. Não está sozinho, pois partilha o prédio azul — que por isso não passa despercebido — com o Lx Boutique Hotel, mas tem porta aberta para a rua e está pensado para servir quem passa, independentemente de estar ou não a pernoitar.
Ao almoço e jantar, à imagem e semelhança do que acontece na matriz, reinam o sushi, as saladas, as tapas e as sobremesas, mas disso, se for o caso, falarei numa outra oportunidade. É que me apeteceu ir à Confraria Lx a meio da tarde e testar até que ponto não se anuncia igualmente como casa de chá só da boca para fora.
À chegada, o anúncio de que vinha para lanchar causou na funcionária atrás do balcão uma momentânea hesitação... Confirmado que vinha, mesmo, para o chá e scones, tratei de me instalar junto a uma das janelas. O espaço é bonito, em tons de azul, rosa, lilás e castanho, com várias opções e recantos, além de apontamentos como candelabros ou aplicações pontuais em papel de parede inglês.
A fórmula chá (à escolha entre preto, preto perfumado, verde e vermelho sem teína, todos à €3) mais torrada ou scone, que sai por €5, pareceu-me perfeita, mas apreciei saber que, se quisesse, poderia ter antes optado por um simples café (que é como quem diz cappuccino, chocolate quente, galão, meia de leite ou até mazagran, que eu prefiro continuar a chamar de capilé) e que não receberia um redondo não caso me apetecesse uma salada, uma quiche ou um doce. E tudo, acrescento, a preços razoáveis.
Feito o pedido, tratei de puxar das minhas revistas (não me lembro de ter visto no local à disposição) e deixei-me ficar, confortável e sossegadamente, no meu canto, entretido da vida. O chá veio primeiro (detalhe: um bule inteiro para um e não a caneca ou chávena que muitos, sovinamente, começaram a adoptar); o scone demorou mais um pouco, mas a espera foi amplamente compensada pelo facto de vir aos pares e a fumegar. Ponto para eles, que acabaram assim por ganhar mais um freguês.

Rua do Alecrim, 12-A, tel. 213 426 292, o salão de chá encerra à seg. e funciona das 15.00 às 19.30

10.5.10

café malaca

[fotografia acima, de Andreia Tavares; fotografia abaixo, de Ana Paula Carvalho, in "Máxima Interiores", D.R.]


Há umas semanas, uma amiga quis surpreender-me, ao não revelar o nome nem a localização do restaurante escolhido para o jantar dessa noite, e acabou também ela à procura do espaço em questão, sem grandes certezas. Especializado em cozinha inspirada nas viagens dos navegadores portugueses ao Oriente, o Café Malaca funciona no que já foi o bar do Clube Naval de Lisboa, ao Cais do Gás, um pouco antes dos Meninos do Rio para quem vem do Cais do Sodré. A indicação, apesar de certa, não é óbvia para quem chega desavisado, pois é preciso entrar no armazém H, que faz as vezes de sede do clube, e descobrir junto à entrada, à esquerda, umas escadas que dão acesso ao restaurante, no 1º andar.
Virada para o rio, embora a vista seja apenas parcial, a sala é suficientemente ampla para abrigar o restaurante e o bazar, onde os objectos à venda alinham pela mesma temática da cozinha, mas acaba por não sobrar muito espaço livre tal é a profusão de objectos desirmanados e de procedências diversas.
Como chegámos cedo, e o restaurante estava ainda vazio, só depois, já com as velas acesas e a entrada de crepes Primavera à frente, percebemos a nececessidade de reservar mesa com antecedência, pois o café encheu por completo naquela noite de sábado.
Não há uma ementa, ou melhor, há, mas é descrita pelos empregados na altura do pedido, e pode ser consultada numa ardósia. Optei pelo Caril Verde, comi uma sobremesa e partilhei com a minha amiga um jarro de vinho da casa (havia duas opções). No final, coube cerca de €20 a cada um.
Mais tarde, vim a saber que o Café Malaca é o projecto conjunto do português Miguel Pinho, que se ocupa da cozinha, e da malaia Yoon Chin, que recuperou parte do mobiliário. Além de servir almoços e jantares, o Malaca providencia serviço de take away e piqueniques no cais. Achei o espaço simpático, informal como pretendem os donos. A comida, sem ser extraordinária ou verdadeiramente original, é agradável ao palato e terá a vantagem de permitir uma incursão segura para quem ainda não se aventura muito em matéria de "cozinha exótica".

Cais do Gás, Armazém H, 1º andar, Cais do Sodré, tel. 213 477 082, encerra seg. ao almoço
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