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24.11.11

o gelado de pão-de-ló da artisani

Quando aquele a que chamam O Melhor Pão-de-Ló do Universo (de quem já falei aqui e aqui)...

[O Melhor Pão-de-Ló do Universo, na versão com doce de ovos, servido na Cantina da Estrela (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

... se transforma num gelado...

[O Gelado de Pão-de-Ló tal como é servido, em copo, na Artisani (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

... isso só pode ser coisa da Artisani (de quem também já falei aqui).

[O mais novo sabor no cardápio da Artisani (foto de divulgação)]

À venda desde o dia 19 de Novembro, o mais novo sabor da geladaria artesanal não é apenas só mais um argumento (de peso) para continuarmos a consumir gelados e sorvetes fora do Verão; ele faz parte, como me confidenciou a Luísa Lacerda Lampreia, a principal responsável pela Artisani, de uma aposta maior que tem por objetivo "recriar em gelado as sobremesas portuguesas mais típicas".

No caso do pão-de-ló, a ideia partiu do CEO do grupo Lágrimas Hotels & Emotions, Miguel Alarcão Júdice, que encontrou assim uma forma de tornar ainda mais conhecida (e falada) a versão do bolo servida nos seus restaurantes e cafés. 

Esta parceria não é de hoje. Já antes Miguel havia sugerido a criação do gelado de salame de chocolate, que depressa provou ser um best-seller, e é comum encontrarmos entre as sobremesas servidas pelo grupo várias propostas da Artisani: "Sou amigo dos donos da Artisani, que são os nossos fornecedores de gelados (...) Como vendemos o Melhor Pão-de-Ló do Universo, um bolo que tem um enorme sucesso, sugeri à Artisani que experimentasse fazer um gelado que o utilizasse. Eles adoraram a ideia e assim nasceu o gelado."

E é bom o gelado?

[O mais novo gelado da Artisani em grande detalhe (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Confesso que o meu maior receio é que se viesse a revelar demasiado enjoativo. Nada disso. O gelado tem por base um creme aveludado mais neutro, num releitura da massa do bolo, a que se juntam depois pequenos pedaços onde dá para sentir a textura do miolo do pão-de-ló com doce de ovos. No final, quase desejei que o sabor fosse um nada mais intenso.

Um copo com uma bola bem servida sai por €2,50 e traz a bolachinha crocante da praxe, que neste caso chega a ser providencial, pois o seu sabor a canela casa muito bem com a proposta deste gelado.

Av. Álvares Cabral, 65-B, tel. 213 976 453, de seg. a qui., entre as 12.00 e as 23.00; à sex. e sáb., entre as 12.00 e as 00.00; ao dom., entre as 12.00 e as 23.00 

18.7.11

cinco geladarias, cinco sabores de verão irresistíveis

[A Artisani possui vários endereços, aqui a loja da Avenida Pedro Álvares Cabral, à Estrela (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]
Longe vão os tempos em que gelados eram coisa apenas associada aos calores de Verão; mas, admitamos, quem gosta é nesta altura do ano que se sente mais tentado a consumi-los sem moderação, ainda que não totalmente isento de culpa (as calorias, sempre elas).

Gostos não se discutem. Ainda assim vou-me permitir aqui um pequeno exercício, que podem encarar como meras sugestões.

O desafio foi simples. Elegi cinco geladarias em Lisboa de fabrico artesanal (e na maior parte das vezes de método italiano) e em cada uma delas, depois de várias provas, cheguei aos sabores que melhor rimam com este Verão nem sempre muito fiável, mas Verão para todos os efeitos.

[O limão com framboesa, a cereja no topo do copo médio do Santini (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Abro as hostilidades com a casa Santini (já devidamente apresentada, por sinal, num dos posts mais lidos de sempre), onde a minha preferência vai para o sabor limão com framboesa. Uma combinação certeira, para quem não estranha uma nota acidulada, a que gosto ainda de juntar outros dois campeões estivais: meloa e maçã verde.

[Neste cone da Ice Dreams, à canela (mais clara) juntei ainda o famoso doce de leite e uma colher-amostra do sabor maracujá (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Segue-se uma geladaria também repetente neste blog, a Ice Dreams, que tem tentado incutir nos lisboetas um gosto pela tradição argentina. E o verbo tentar não é aqui empregue à toa, pois a impressão que me fica é que esta casa ainda não encontrou a fórmula certa para cativar mais público (também não ajuda serem mais caros). E é pena, pois os seus gelados têm qualidade. Entre os meus favoritos para esta época, sem dúvida, o sabor a canela. 

[O cone mais largo da Conchanata, em Alvalade, com os sabores de coco e pistache (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

A próxima paragem, reconheço, é uma escolha sentimental. Boa parte da minha infância foi passada no bairro de Alvalade e quase na esquina de casa habituei-me a ter na geladaria Conchanata (av. da Igreja, 28a, encerra às 23.30) um porto seguro. Só eu, não; toda a família. A casa abriu em 1948, na melhor tradição italiana, e desde então aperta-se como pode no pouco espaço, sempre sem mãos a medir para atender as várias gerações que por ali passam. Esta geladaria vale sobretudo pelas suas especialidades, a conchanata e a cassata, mas a eleger um sabor, escolho o de pistache, com pedacinhos.

[Como resistir ao limão com manjericão da Artisani? (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Em boa hora, a Artisani deixou apenas de produzir para restaurantes e resolveu abrir ao grande público, já com várias lojas em Lisboa e arredores. São, no presente, dos melhores gelados da capital. Gosto de vários sabores, mas para me refrescar, não tenho o menor pejo em eleger limão com manjericão. Há mais quem o faça, mas a proposta da Artisani é, até ver, imbatível. Destaque ainda para a linha light.

[Noz com ameixa preta, uma combinação possível na Fragoleto (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Por último, uma casa que tem feito um percurso discreto, mas consistente, em grande parte por se encontrar numa das ruas mais movimentadas da Baixa lisboeta. A Fragoleto, como a Ice Dreams também cobra mais caro, mas possui um bom acervo de sabores de inspiração genovesa. Dos que provei recentemente, o meu destaque vai para a ameixa preta.

27.6.11

estrela, parte 2 | a cantina

[A Cantina, o restaurante do Hotel da Estrela, alinha pelo mesmo espírito escolar, mas os alunos da Escola de Hotelaria estão ainda mais presentes (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]


Apresentado o hotel, é chegado agora o momento de passar à mesa.

Quem leu o post anterior — e quem não o fez, é fácil, bastar clicar aqui —, não vai ficar surpreso se começar por dizer que o nome escolhido, Cantina da Estrela, não é apenas um mero exercício de retórica ou de estilo.

No hotel a temática escolar está omnipresente, para onde quer que nos viremos; no restaurante, situado no piso -2 e com entrada directa pela rua através do jardim e da esplanada, a decoração não destoa, mas é — acertadamente, a meu ver — mais subtil nas referências. Ainda assim, os apontamentos, escolhidos a dedo, não enganam: numa mesa central, ladeada de cadeiras Eames, lá estão a máquina de escrever Royal, os mapas, as réguas, os esquadros...

Num universo escolástico, sejamos sinceros, a palavra cantina nem sempre nos traz boas recordações. Não, pelo menos, no que diz respeito à qualidade da comida. Pois bem, quanto a isso, e já à laia de salvaguarda, não há o que temer.

[A Cantina da Estrela mistura, como o hotel, elementos tradicionais das décadas 1940 e 1950 com peças de design contemporâneo criadas por Panton ou Eames (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

A Cantina da Estrela, com capacidade para 60 pessoas, quer ser um restaurante de bairro, o que, por outras palavras, equivale a dizer ambiente familiar, despretensioso — mas moderno, funcional — e uma cozinha saborosa, de raiz mediterrânica, à base de produtos frescos. É um restaurante "à séria", mas divertido e com o seu quê de experimental — mas calma, não se precipite ao ver nisso um sinal de fraqueza ou excentricidade.

(É assim a mesa posta na Cantina da Estrela (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Explico melhor.

A ementa foi criada e é supervisionada pelo chef Luís Casinhas, mas a equipa que a executa e que serve às mesas é sobretudo constituída pelos alunos da Escola de Hotelaria de Lisboa, honrando assim o protocolo estabelecido.

Este facto desperta a curiosidade, mas será que, por outro lado, também não levanta suspeitas a um público por norma mais conservador que, sem saber exactamente ao que vai, pode julgar que o querem tomar por cobaia para aprendizes de feiticeiro?

Nada disso.

Na verdade, o mais provável é até que se abstraia do facto de estar a ser servido por alunos e que só se lembre do conceito pelo facto de a ementa ser, ela também, algo sui generis.

Não, a comida é sagrada e quanto a isso não há brincadeiras. A "novidade" tem a ver com o processo de pagamento, pois cada item do cardápio tem um valor mínimo e um valor máximo, pelo que cabe ao comensal, mediante o seu grau de satisfação, optar por um ou por outro.

E, da mesma forma, no final, o cliente é também chamado a pronunciar-se sobre o serviço, cabendo-lhe decidir se quer deixar uma "gorjeta" de €2 (mínimo) ou de €4 (máximo). Não há intervalos de valor, é mesmo para eleger entre o mínimo e o máximo. Como numa prova, o pessoal da Cantina da Estrela quer ser constantemente avaliado.

Confuso? Talvez fique mais claro se passarmos à parte prática.

[©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

Comecemos pelo couvert, que, tal como as bebidas, é uma excepção à regra, pois tem um preço fixo de €2. É constituído por pão, manteiga e o que houver no dia (no meu caso foi azeitonas e uma salada bem temperada).

[©joão miguel simões, todos os direitos reservados]

Nas entradas, que na foto aparece junto ao pão do couvert (detalhe, vem numa vasilha), optei por uma sopa fria de rúcula, polvilhada de pinhões, pela qual poderia pagar €3 ou €6. Outras opções: carpaccio de bacalhau com picadinho alentejano, creme de alho francês e amêndoa ou pissaladière (base de massa folhada, muito fina).

[©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Como prato principal, elegi o que me parece ser um dos cartões de visita da casa: o risotto de citrinos com vieiras, servido num belo tacho, pelo qual se pode pagar €7 ou €14.

[©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Existe, claro, mais por onde escolher. Linguini nas massas; polvo, bacalhau ou salmão no peixe; hambúrguer, cachaço de porco preto, borrego, bochecha de vaca ou bife do lombo nas carnes. Variam entre os €7 e os €20.

[©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Nas sobremesas ("mas só para os meninos que comeram a papa toda", como se lê na bem-humorada ementa), não resisti a provar a versão de ovo d'O Melhor Pão-de-ló do Universo (já falei da versão de chocolate, a minha preferida, aqui), polvilhado com canela (hummm!), entre €3,50 e €7.

[©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Quem quiser pode antes optar pelo leite creme com gelado de tomilho, par de crumbles, sopa fria de morango, gelado de salame de chocolate, gelados Artisani e fruta da época. Entre €2 e €6.

[O estilista Manuel Alves no dia em que foi conhecer a Cantina da Estrela ©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Na hora de tomar o café, para encerrar a experiência com chave de ouro, nada como agarrar no dito e ir para a esplanada, agora que o tempo a isso convida. Aliás, o bar e a esplanada, durante a happy hour, servem bebidas por metade do preço. Para anotar.

Rua Saraiva de Carvalho, 35, tel. 211 900 100, de ter. a sáb, almoços entre as 12.30 e as 15.00; jantares entre as 19.30 e as 22.30

22.6.11

estrela, parte 1 | o hotel

[Entre jardins, a vista a partir do Hotel da Estrela pode ser tão abrangente como a que se vê na foto; abaixo: a fachada do antigo palácio agora convertido em hotel (fotos de divulgação)]


Em um ou outro trecho, a Saraiva de Carvalho, entre o Largo do Rato e a Ferreira Borges (já em Campo de Ourique), permite-se alguma largueza, mas é, no geral, uma rua esguia e delgada.

E ainda assim, espaço é coisa que não falta ao Hotel da Estrela, inaugurado em finais de 2010, o benjamim da já considerável prole do Grupo Lágrimas Hotels.

Paredes-meias com a Escola de Turismo e Hotelaria de Lisboa, o hotel, instalado no antigo Palácio dos Condes de Paraty, não faz disso uma coincidência. Nem podia. A concessão do mesmo, atribuída em concurso pelo Turismo de Portugal, previa desde logo entre as duas unidades uma cooperação a diversos níveis.

Mais do que um hotel-escola (porque, sim, muitos dos seus colaboradores são estudantes), este é um hotel que, pelas várias circunstâncias e especificidades inerentes à sua condição, decidiu que o seu tema não poderia ser outro que não a escola. 

É que, não bastasse ter por vizinha a Escola de Hotelaria, nas redondezas fica outro dos mais emblemáticos estabelecimentos de ensino da capital: a Escola Secundária Pedro Nunes, antigo liceu, entretanto fundida com a igualmente histórica secundária Machado de Castro.

[Vários detalhes da recepção, que nos remetem logo para uma sala de aulas da primeira metade do século XX (fotos de divulgação e de ©joão miguel simões)]

Explicados os porquês, só estranha à chegada quem ali for parar ao engano. Nos últimos tempos, há uma certa tendência para que mais e mais hotéis transformem as suas recepções em salas de estar. No caso do Hotel da Estrela, a recepção convida a estar, que para isso lá estão dois enormes sofás bojudos (que já foram brancos e agora são de muitas cores, como mantas de retalhos), mas qualquer semelhança com uma sala de aulas não é pura coincidência.

[A biblioteca, contígua à recepção, é um espaço de trabalho ou lazer, onde existe um honesty bar (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Em vez de um balcão corrido, as duas secretárias do check in-out, austeras assim como as cadeiras à sua frente, são as mesmas que os professores de antes usavam. Atrás, uma enorme ardósia negra. Por momentos, recuamos no tempo — olho à volta e vejo bibes pendurados num bengaleiro, um busto da República (só não se colocou, por motivos óbvios de bom senso, um retrato de Oliveira Salazar, como era costume então) no topo de um armário e dois globos terrestres a ladear a entrada.

[A par dos objectos antigos, este é um hotel urbano que aposta igualmente em peças de designers contemporâneos (@joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Mas não há chamadas ao quadro, nem reguadas, nem puxões de orelha.

Trata-se de um mero exercício lúdico, muito bem trabalhado pelo designer de serviço, Miguel Câncio Martins — que dispensa maiores apresentações, tamanha tem sido a repercussão de trabalhos internacionais como o Buddha Bar de Paris ou o Pacha de Marraquexe —, com a total cumplicidade do presidente executivo do grupo, Miguel Júdice.

Pelo perfil do hotel, urbano e informal, duvido que a maior parte dos seus hóspedes tenha mais de 40, 50 anos. Assim sendo, para muitos deles, como para mim, as memórias aqui evocadas são mais as dos nossos pais e avós do que as nossas, mas a memorabilla diz-nos algo. Ela faz parte do nosso património afectivo.

E não haja equívocos. Desde o primeiro momento, fica bem claro que este é um hotel contemporâneo, audaz ao ponto de misturar, sem medos, reproduções das cadeiras plásticas mais famosas assinadas por Verner Panton ou Eames com os tais móveis e objectos — como livros de cordel, uma máquina de escrever Royal, planisférios, posters dos anos 1940, réguas, esquadros... — que habitaram o quotidiano de várias gerações de portugueses na primeira metade do século XX.

[A suite 18, a preferida do designer Miguel Câncio Martins (foto de divulgação)]


Feito o check in, depressa descubro que me calhou em sorte o nº11. Há apenas 13 quartos e seis suites, distribuídos pelo primeiro e segundo andares. A preferida, e também a mais fotografada, do Miguel Câncio Martins é a suite 18, sendo que duas delas possuem um atractivo extra: camas Hästens, a tais que são fabricadas artesanalmente na Suécia, sendo consideradas, até pelo preço astronómico, o Rolls-Royce dos leitos.


[Todos os quartos e suites possuem elementos comuns, mas depois variam no tamanho, no formato e nos acessórios (foto de divulgação)]


Ainda não foi desta que tive o prazer de ficar corpo a corpo com a realeza das camas, mas, verdade seja dita, não tive o que reclamar da minha. No geral, os restantes colchões do hotel são de primeira. Comum a todos os quartos também, certos detalhes como as cabeceiras onduladas verde-cítricas e as alcatifas de fundo negro, onde foram impressos, a branco, bonecos, palavras e fórmulas matemáticas desenhados por Câncio e pela sua filha quando esta ainda era criança. No resto, os quartos variam de tamanho, de formato e alternam cadeiras e outras peças mais ou menos utilitárias.





[Detalhes dos corredores e do quarto nº11, o que me coube em sorte (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Nos corredores, a branco e amarelo (para lembrar as cores dos bibes escolares, segundo Câncio), no lugar de placas há ardósias penduradas com o número dos quartos escritos a giz. Nas portas, em vez da placa "Do not disturb/Please make up my room", uma outra onde se lê "Studying hard/Out playing".

[A placa para colocar na porta do quarto alinha pelo mote do hotel (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Sempre a escola. E nem por coincidência, quando me chego à janela, além do Tejo (não chego a avistar a Basílica da Estrela, mas há quem tenha essa sorte de outros quartos), oiço a chilreada das crianças no recreio. Nem de propósito.

[O amanhecer na Estrela (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

O serviço é afável e informal. Por isso mesmo, indicado para uma clientela mais jovem, capaz de apreciar a maior liberdade de movimentos e o facto de estar num hotel que consegue ter vivência de bairro, sem deixar de ser cosmopolita.

O Hotel da Estrela e o seu principal mentor, Miguel Júdice, não escondem que querem receber quem vem de fora, sem se esquecerem de prestar um serviço a quem vive em Lisboa.

Como?

[O pequeno jardim e a esplanada, com acesso directo pela rua, nas traseiras do hotel (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

No piso menos dois, ligados a uma esplanada e a um pequeno jardim (por agora, enquanto as árvores não crescem, o lago e os poufs à volta são o maior atractivo) com entrada directa pela rua, funcionam o bar e o restaurante Cantina da Estrela.

[O bar, com várias cadeiras de Eames (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Do segundo, porque se presta a isso, falarei num próximo post. Mas posso já adiantar que foram pensados para atender as necessidades dos hóspedes — o buffet de pequeno-almoço é servido ali, por exemplo —, mas que boa parte da sua graça está em serem um chamariz eficaz para atrair ao local quem não está só de passagem na cidade. 

[O pequeno-almoço do Hotel da Estrela (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

E isso, para mim, é quase sempre uma mais-valia num hotel.

Rua Saraiva de Carvalho, 35, tel. 211 900 100, quartos duplos desde €159 por noite
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