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21.5.12

confirma-se: depois das amoreiras, a eric kayser vai abrir, até agosto, uma segunda loja no chiado


Há uns meses — não muitos, mas o tempo passa rápido —, quando comecei a falar aqui da Eric Kayser em versão lisboeta, disse logo que na calha estaria já uma segunda loja em Lisboa.

Não deu outra.

Até agosto, os sócios Laurent d'Orey e Julien Letartre esperam ter a casa arrumada para abrir as portas da sua nova localização na rua do Carmo (à Baixa Chiado, na esquina com o elevador de Santa Justa), num espaço que já foi da Livraria Portugal.

A segunda Eric Kayser lisboeta ocupará cerca de trezentos metros quadrados, repartidos pelos dois primeiros pisos de um edifício que deverá incluir ainda apartamentos para arrendar.

Até onde apurei, a Eric Kayser do Amoreiras Plaza está a correr muito bem, mas não conseguiu, até ver, fazer vingar como desejado a sua linha de refeições leves. Por isso mesmo, o Chiado, que tem outro tipo de movimento (de locais e turistas), deve revelar-se providencial nesse sentido.


Para lá da linha de pães e bolos que são sucesso garantido da marca (e cuja produção será partilhada com a unidade das Amoreiras), os dois sócios prometem inovar (fala-se num segundo andar destinado às refeições da hora do almoço). Entre as novidades já avançadas, destaca-se uma uma linha própria de sanduíches embaladas para levar e produtos como uma club sandwich de salmão e creme de queijo em pão de açafrão, um croq monsieur com queijo gratinado e molho bechamel, um gaspacho fresco ou ainda o "bolero", um doce de limão com cobertura de frutos vermelhos.

Mas não é tudo. A Santini, mesmo ali ao lado, terá a concorrência dos gelados da Artisani — ler aqui —, que será uma das parceiras da Eric Kayser Chiado.

Agora é só esperar para ver e (com)provar. 

5.12.11

empadaria do chef


O jovem chef José Avillez tardou, mas arrecadou.

Durante um bom tempo, após a sua saída do restaurante Tavares, o que apanhou muito boa gente de surpresa, interrogámo-nos sobre os seus planos futuros, pois ninguém acreditava que, conquistada a primeira estrela Michelin, ele ficaria muito tempo afastado das luzes da ribalta.

[Empadaria do Chef, o mais recente negócio de José Avillez (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Na verdade, o regresso do chef às grandes lides demorou mais do que previsto, mas tudo indica que esteja para muito breve — fala-se em meados de Dezembro — a abertura do restaurante Belcanto.

Do Belcanto falarei a seu tempo.

[O negócio das empadas nasce de uma parceria entre Avillez e a H3 (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Neste meio tempo, Avillez não esteve propriamente parado, pois foi tocando o seu catering, deu o ar da sua graça em vários eventos e, mais recentemente, voltou a chamar a si todas as atenções por conta da inauguração do Cantinho do Avillez, ao Chiado.

Ainda não fui até lá conferir pessoalmente, mas, a fazer fé nos que se ouve e lê, é um sucesso de público e de crítica.

[Empadas de 200gr em oito versões de recheios diferentes (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Avillez já provou ser talentoso — e tem a seu favor o aval de figuras ilustres, e acima de suspeita, como o gastrónomo José Bento dos Santos, seu padrinho, ou o suprachef Ferran Adrià, junto de quem estagiou —, mas também tem dado mostras de ter olho para o negócio e de não ser desprovido de sentido prático.

A sua mais recente incursão no negócio das empadas é a prova disso.


O primeiro, e até ver único, ponto de venda abriu, há alguns dias, na praça de restauração do Centro Comercial Colombo e atende pelo nome óbvio de Empadaria do Chef.

Avillez num centro comercial, entre cadeias de fast food?!

[Além das empadas, mousse de lima e bolo de chocolate nos doces (foto de divulgação)]

Isso mesmo e, arrisco-me a acrescentar, não é por ai que lhe vão cair os parentes na lama. Sem pruridos, Avillez mantém, a par da consultadoria e do catering, um serviço de take-away de refeições frescas e congeladas.

A Empadaria do Chef nasce do seu gosto pelas empadas e, em tempo de vacas magras, pela oportunidade de negócio em parceria com um quarteto de peso — a saber: Nuno Bonneville Van Uden, Albano Homem de Melo, António Cunha Araújo e o chef Vítor Lourenço — que fez da cadeia de hambúrgueres gourmet H3 um sucesso dentro e fora de portas (depois de Espanha e Polónia, a H3 chegou ao Brasil via franchising).

[Por fora, são todas iguais e pesam 200gr (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Com bordões e layout bem esgalhados, além da imagem XXL do chef  estampada como parte assumida da estratégia de marketing, a unidade é agradável à vista.

O conceito, simples e aparentemente eficaz. Empadas de 200 gramas, com massa bem crocante e recheios desenvolvidos por Avillez que vão do clássico ao exótico quanto baste: galinha, cozido à portuguesa, camarão salteado, frango thai, alheira e grelos, vitela, espinafres e bacon, bacalhau à portuguesa e ainda legumes e requeijão.

[O recheio da empada de frango thai (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Oito versões, que podem ser degustadas a solo ou como refeição, entre os €5,95 e os €7,50, com direito a dois acompanhamentos a eleger entre batata palha caseira, arroz e salada, mais uma bebida H3 (a limonada sai bastante) ou água.

Provei a empada de frango thai e devo dizer que fiquei freguês. Sempre gostei de empadas, mas não de todas as empadas.

[Quem não gosta de comer em centros comerciais, pode levá-las para fora (foto de divulgação)]

As do Avillez barra H3 cumprem todos os requisitos de uma boa empada — massa crocante e sequinha; recheio bem temperado e abundante (empadas ocas por dentro, quem nunca padeceu dessa decepção!) — e ainda com o bónus de surpreenderem nos recheios.

E aqueles que torcem o nariz à ideia de comer num centro comercial, têm bom remédio: levá-las para casa, ou para onde bem entenderem, devidamente acondicionadas em caixas de papelão catitas.

Centro Comercial Colombo, Av. Lusíada , todos os dias, entre as 11.00 e as 00.00 

7.6.11

o melhor bolo de chocolate do mundo vs. o melhor pão-de-ló do universo

[Quem é melhor: o bolo de chocolate (à esq.) ou o pão-de-ló (à dir.)? (fotos de divulgação)]

Presunção e água benta...

O ditado é antigo, mas, como me disse alguém dias atrás, nesta coisa de superlativos nem sempre temos de levar pelo lado da arrogância e do umbiguismo. Pode ser uma demonstração saudável, e já agora bem-humorada, de confiança naquilo que se está a vender.

Foi, e é, parece-me, o caso de O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo. E será também agora, estou certo, o caso de O Melhor Pão-de-ló do Universo.

O primeiro é um exemplo de sucesso luso incontestável, que galgou fronteiras, estando já, como marca registada, em São Paulo, Rio de Janeiro, Madrid e Nova Iorque (se não me falha nenhuma). Nada mau para quem começou, há uns anos, numa pequena loja do bairro de Campo de Ourique.

O segundo é mais recente e, ou muito me engano, ainda há muito boa gente que não deu por ele. É, assumidamente, uma provocação bem-disposta ao Melhor Bolo de Chocolate; mas não tem nada de leviano ou de inconsequente, pois num país com tantos — e bons — pão-de-lós, por certo que o Grupo Lágrimas Hotels não iria cair no erro de associar o seu nome a um produto em que não estivesse 100% confiante.

Mas, e quem é melhor, o bolo de chocolate ou o pão-de-ló?

Para o tira-teimas ser mais justo, esclareço desde já que O Melhor Pão-de-ló do Universo existe na versão pura (só com ovos) ou de chocolate, mas eu optei pela última para ficar com uma ideia mais aproximada.

[A fatia de O Melhor Bolo de Chocolate que me chegou à mesa não estava tão cremosa como esta (foto de divulgação)]

Abro as hostilidades com o bolo de chocolate. Hoje, além dos pontos de venda própria (em Campo de Ourique e agora também num dos novos quiosques da Avenida da Liberdade, como contei aqui), são vários os locais do país autorizados a comercializá-lo. Foi na avenida, mais à mão de semear, que voltei a saboreá-lo. Chegou-me à mesa numa fatia magra e sem calda de chocolate por cima, para além da cobertura. Como já não é segredo para ninguém, esta receita alterna camadas de mousse de chocolate com outras de merengue de chocolate, o que o torna menos compacto, e mais leve e untuoso. 

[A primeira garfada já mostra bem como a mousse de chocolate alterna com o merengue de chocolate (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Ainda que cremoso, achei-o mais seco do que me lembrava... Aliás, a última vez que comera o Melhor Bolo de Chocolate remonta a uma passagem por São Paulo, onde, quem sabe movido pela saudade, me atraquei a uma fatia que, na altura, me soube muito melhor. Detalhe, que talvez não seja um mero pormenor: no Brasil, para além da receita tradicional (com 53% de cacau), comercializam também uma versão meio-amarga (com 70% de cacau).

[A fatia de o Melhor Pão-de-ló chegou-me assim à mesa (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Respirei fundo, antes de passar à segunda prova. Para aliviar a culpa das calorias ingeridas, fiz a pé o percurso até um dos pontos de venda de o Melhor Pão-de-ló — a saber, são três: Terreiro do Paço, Cantina da Estrela e Ca Fé, todos explorados pelo Grupo Lágrimas. Como me sentei na esplanada do Terreiro do Paço, estranhei não ver na lista o pão-de-ló, mas foi só perguntar pelo dito e não tardaram (muito) a trazer-me uma generosa fatia, polvilhada ao de leve com açúcar em pó.

[À primeira garfada, o seu interior revelou-se mal cozido no ponto certo (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)]

Aspecto irregular, massa fofa e muito leve, como convém, que, à primeira garfada, revelou um interior esponjoso e pegajoso, mas com a consistência adequada — mal cozido e não cru. O creme de chocolate (na versão tradicional é de ovo) vem q.b., só para dar um toque, sem ser demasiado intrusivo, o que acabaria por desvirtuar a ideia. Ao fim, e ao cabo, é um pão-de-ló e não outra coisa. Achei francamente agradável, até por poder ser servido ligeiramente fresco.

Quem levou a melhor? Acho que vou deixar essa decisão para quem a quiser, ou for capaz de a tomar com maior propriedade. Direi apenas que, quem desejar m-e-s-m-o um bolo a saber a chocolate, o primeiro leva óbvia vantagem, mas achei o segundo, por incrível que pareça, menos seco e, não tão surpreendente assim, mais leve. A optar por um ou por outro, acho que, nos próximos tempos, me inclinarei mais a repetir o pão-de-ló, a quem aponto apenas um contra: a fatia sai por €5, enquanto a do Melhor Bolo de Chocolate fica pela metade. Não se justifica uma diferença tão grande de preço.

Pontos de venda de O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo aqui (pode também encomendar um bolo inteiro) 
Pontos de venda de O Melhor Pão-de-ló do Universo aqui (pode também encomendar um bolo inteiro, a €22)

22.3.11

koni store (encerrou)

[Interior da Koni Store (foto de JMS), ao Chiado, e close-up do koni de morango e Nutella (foto D.R.); abaixo: fachada, virada para o largo Bordalo Pinheiro (foto de JMS)]


aqui falei antes da chegada das temakerias a Lisboa. A mais recente responde pelo nome de Koni Store e é um franchise da cadeia brasileira que mais sucesso faz do outro lado do Atlântico quando se fala não de sushi, mas sim dos cones de algas e arroz com recheios variados.


Até ver, os três sócios portugueses — Francisco Vasconcelos, António Mendonça Alves e Diogo Saraiva de Ponte — estão apenas no Chiado, virados para o largo Bordalo Pinheiro, mas há planos para muito mais; assim pegue a moda de ir, a qualquer hora do dia e da noite (a pensar nos noctívagos, a Koni fica aberta até às duas da manhã, de quinta a sábado), "aos konis".



Misto de restaurante e fast-food, a Koni do Chiado é agradável, informal e moderna, mas sem pretensões a ser "design". A ideia é ser funcional e prática, tanto para quem pede e fica por ali mesmo, como para quem encomenda e leva para comer fora. À disposição, 21 tipos diferentes de konis (como preferem chamar aos temakis), com uma variedade que abarca desde os clássicos com salmão ou atum até às misturas mais inusitadas ou às tempuras. Quentes ou frios, é à vontade do freguês.


Não são, porém, os konis salgados que me têm feito ali voltar, sempre que estou por perto à hora de lanchar, mas sim o koni de morango com Nutella em cone de bolacha, a estrela-maior da secção de doces que inclui ainda outras opções — também já provei o koni de mousse de manga com hortelã — pensadas para a sobremesa ou para um momento de fraqueza. Esta versão, que ganha novos e ferrenhos adeptos graças ao boca-a-boca, custa €2,50 e vai bem com um chá do dia (quente ou frio), a €1,50.

Rua da Trindade, 28, tel. 213 462 426, todos os dias, das 12.00 às 23.00 (até às 02.00, de qui. a sáb.)

11.2.11

noori chiado

[Interior da Noori Chiado, rolo de salmão, em cima, e temaki crocante de atum, em baixo, fotos de JMS]


Quem espreitar boa parte das revistas de lifestyle que está agora nas bancas vai ficar com a impressão de que os temakis — para quem não sabe: cones, mas também rolos, de alga nori crocante com arroz e uma combinação quase infinita de recheios salgados ou doces — são uma novidade absoluta em Lisboa. Pois não são; apenas ainda não viraram moda e, como tal, muito boa gente não deu por eles.
A Noori, a cadeia pioneira do género em Portugal, abriu a sua primeira temakeria em 2009 — isso mesmo: 2009 — na rua do Crucifixo, à Baixa, e já conseguiu fidelizar clientela suficiente para se aventurar em mais outros três endereços (a saber: no Monumental, ao Saldanha, no Centro das Amoreiras e no Cascais Shopping). A loja-matriz da Baixa é, na verdadeira acepção da palavra, um cochicho. Mas a localização, ainda que se possa passar distraidamente por ela sem dar por isso, é boa, entre a saída do metro e a entrada traseira dos Armazéns do Chiado.
O conceito destas casas não vem do Japão, mas sim do Brasil, não sendo de estranhar que a parceria por trás da Noori seja luso-brasileira. Mais simples de comer, já que dispensam os pauzinhos (mas vão à mesma muito bem com os molhos de soja, wasabi ou teriyaki), os temakis e os rolls da Noori prestam-se muito à ideia de take-away (até ver, não se vê gente na rua a trincar um temaki enquanto caminha; lá chegaremos, quem sabe), mas, mesmo acanhado, há balcões e bancos para quem quiser comer in loco. Foi o que fiz hoje, com pouco tempo para almoçar e pouco disposto a gastar muito. Os "nooris" são vendidos à unidade (a partir de €3,25, €3,50), mas existem opções de combinados (com bebida) que nos permitem comer por um preço médio de €7.
Frios ou quentes, simples ou especiais, em rolo ou em cone, salgados ou doces (neste caso, em vez de alga utilizam bolacha e no recheio vai fruta e/ou chocolate), os mais comuns levam alga por fora e por dentro arroz combinado com salmão, atum e queijo-creme Filadélfia, mas existem versões crocantes, mais picantes, vegetarianas, light sem arroz (substituído por rúcula) e até de tempura de gambas. Confesso que já comi melhor — precisamente no Brasil, onde a variedade é maior —, mas, além de achar prático, sobrou-me vontade para fazer novas incursões e experimentar outras combinações.

Rua do Crucifixo, 87, todos os dias, das 11.00 às 22.00 (a loja do Saldanha fica aberta até às 23.00 e a das Amoreiras e do Cascais Shopping até às 00.00)
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