[A esplanada é o grande chamariz do Lost In, ao Príncipe Real, mas as salas interiores também são cheias de detalhes, como se vê na foto; abaixo: opções de menu ao almoço (fotos de divulgação)] |
Achei e depois perdi-me.
Tratando-se do Lost In, eu sei, é um trocadilho fácil. Mas eu nem sempre resisto a trocadilhos fáceis. Muito menos a observações óbvias com o que seu quê de cinematográfico. Por isso, tratando-se do Lost In, poderia também falar em Passagem para a Índia.
Bom, uma espécie de Índia. Uma Índia meets Marrocos meets Lisboa.
[Logo à chegada, vislumbra-se a vista digna de um miradouro (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Confesso-me aqui. Ainda não tinha ido ao Lost In e foi preciso a minha irmã insistir, e mandar-me um mail com o link e tudo — como quem diz, vê lá, que é mesmo giro —, para eu meter pés ao caminho.
[A clientela do Lost In mistura diversos tipos de públicos, com idades, posturas e propósitos diferentes, o que resulta numa combinação interessante (©joão miguel simões, todos os direitos )] |
E nem foi preciso andar muito. O Lost In, para quem, como eu, não deu por ele, fica na D. Pedro V, a meio caminho entre o miradouro de São Pedro de Alcântara e a praça do Príncipe Real. E não é uma coisa de agora. Como loja homónima existe desde 2009; como esplanada-bar-miradouro desde 2010.
[As camas de frente para a balaustrada são as primeiras a serem ocupadas (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Chegados ao número 56, sem precisar contar, avista-se um túnel e é ai que a coisa se dá. A passagem. Não para a outra margem, mas para um mundo supostamente melhor, shianti shianti (ou seja, só sorrisos e boa onda), debruçado sobre meia Lisboa, da Liberdade à Graça.
[Cores alegres, camas de ferro, mesas de verga e lanternas dão o toque exótico ao Lost In (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Mas a vista só vem depois. Ainda no túnel, a primeira coisa que se vê é a loja de acessórios e decoração made in India. A esplanada e o bar possuem, mais à frente, uma entrada própria. É como entrar num quintal meio à socapa.
[Há quem também prefira os poufs e as mesas mais baixas (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Acontece que só muito poucos quintais se podem gabar de possuir um panorama quase tão desafogado quanto o do miradouro vizinho e os que têm, por regra, não se encontram abertos ao público. Ganha Lisboa e ganhamos nós, locais e forasteiros.
A frequência do Lost In assenta precisamente nessa mescla, em doses muito equilibradas, de lisboetas e estrangeiros. À entrada, floreiras de bambus, chapéus de pano multicolores — que imediatamente associamos aos cortejos indianos —, camas de ferro forjado pintadas de vermelho-vivo, mesinhas em verga e almofadões dão o mote.
Logo à entrada, noto uma separação de águas curiosa. A clientela mais jovem e freak, porventura atraída pela promessa de um Shangri-la lisboeta, prefere o despojamento das camas viradas de frente para a balaustrada, ao passo que os mais "velhos" e branchés se distribuem, sobretudo, pelas mesas e cadeiras de ferro, tingidas de rosa, lilás e verde, e por outros recantos do pátio mais amplo, à sombra das árvores e sob a protecção do graffiti da deusa hindu que assinala o palco (a programação é devidamente anunciada no Facebook).
Existem três salas interiores, igualmente coloridas, divididas pelos dois andares da casa, mas estas têm mais procura no Inverno ou nas noites mais frescas. Quando o tempo o permite, é na esplanada que todos querem ficar, nem que para isso seja preciso recorrer às mantas da praxe quando o sol se vai.
O Lost In não chega a ser esotérico. É mais uma questão estética do que uma opção de vida. A ementa é disso prova. Ao almoço, servido à partir das 12.30, há um menu-tosta (com ou sem sopa do dia, entre €7,50 e €8) e um menu-salada (€9), além de pratos como o Hambúrguer Veggie, o Caril de Gambas e o Bacalhau no Forno. Simples e sem grandes complicações. Ao longo do dia, as tostas e as saladas mantêm-se na lista, mas também há wraps, scones, tartes (como a de alheira), ovos mexidos com farinheira, chás quentes e frios, vinhos, cerveja e alguns cocktails (não muitos). E como o espaço só fecha à meia-noite, também se janta.
A parte de restauração, assumo, não me entusiasma por ai além. A mais-valia do espaço é, parece-me, ser um bar onde também é possível comer umas coisas leves, lanchar e petiscar. Sem pretensões a mais. E nesse sentido, sim, é um achado. Ou melhor, é uma confirmação.
Rua D. Pedro V, 56, tel. 917 759 282, seg., entre as 16.00 e as 00.00, de ter. a sáb., entre as 12.00 e as 00.00
[A clientela mais branchée prefere ficar no pátio e não enjeita as mantas quando o sol se esconde (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Logo à entrada, noto uma separação de águas curiosa. A clientela mais jovem e freak, porventura atraída pela promessa de um Shangri-la lisboeta, prefere o despojamento das camas viradas de frente para a balaustrada, ao passo que os mais "velhos" e branchés se distribuem, sobretudo, pelas mesas e cadeiras de ferro, tingidas de rosa, lilás e verde, e por outros recantos do pátio mais amplo, à sombra das árvores e sob a protecção do graffiti da deusa hindu que assinala o palco (a programação é devidamente anunciada no Facebook).
[No pátio, para além das mesas e cadeiras de ferro coloridas, alguns recantos mais intimistas (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
Existem três salas interiores, igualmente coloridas, divididas pelos dois andares da casa, mas estas têm mais procura no Inverno ou nas noites mais frescas. Quando o tempo o permite, é na esplanada que todos querem ficar, nem que para isso seja preciso recorrer às mantas da praxe quando o sol se vai.
[Tosta de presunto, servida com salada, e uma imperial. Fim de tarde no Lost In (©joão miguel simões, todos os direitos reservados)] |
O Lost In não chega a ser esotérico. É mais uma questão estética do que uma opção de vida. A ementa é disso prova. Ao almoço, servido à partir das 12.30, há um menu-tosta (com ou sem sopa do dia, entre €7,50 e €8) e um menu-salada (€9), além de pratos como o Hambúrguer Veggie, o Caril de Gambas e o Bacalhau no Forno. Simples e sem grandes complicações. Ao longo do dia, as tostas e as saladas mantêm-se na lista, mas também há wraps, scones, tartes (como a de alheira), ovos mexidos com farinheira, chás quentes e frios, vinhos, cerveja e alguns cocktails (não muitos). E como o espaço só fecha à meia-noite, também se janta.
A parte de restauração, assumo, não me entusiasma por ai além. A mais-valia do espaço é, parece-me, ser um bar onde também é possível comer umas coisas leves, lanchar e petiscar. Sem pretensões a mais. E nesse sentido, sim, é um achado. Ou melhor, é uma confirmação.
Rua D. Pedro V, 56, tel. 917 759 282, seg., entre as 16.00 e as 00.00, de ter. a sáb., entre as 12.00 e as 00.00
4 comentários:
É bom que Tire a fotografia da chamada clientela freak, antes que haja problemas. Não tem nenhuma folha assinada por mim a ceder os meus direitos de imagem, e isso é ilegal. Continuarei a visitar este blog á espera da alteração da foto . E é bom que seja rapido !
Amigo falas tanto e comentas tanto que devias olhar e pensar naquilo que fazes e digo isto para nao te chamar de inculto e descriminador e ridiculo! Ve lá se te lembraste de por uma foto de uma tiazoca de cascais com o comentario por baixo a chama-la de DonDoca , isso ja nao poes porque é disso que gostas de mulheres de porcelana ahahah estás avisado pelo comentario anterior tens 1 dia para tirar a foto e o comentario, depois falamos pessolmente. cumprimentos de outro FREAK :)
Quem está a atribuir um sentido pejorativo à palavra freak não sou, por certo, eu, nem isso está implícito no texto. É uma observação válida, inserida num contexto onde se descreve também outro tipos de cliente para dar, a quem não conhece, uma ideia geral do ambiente.
E quanto a isso não tenho mais nada a acrescentar ou a justificar.
Em relação a direito de imagem, é uma outra questão. Está no seu inteiro direito e só tenho que respeitar a reserva de não querer aparecer.
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