[Interior da Noori Chiado, rolo de salmão, em cima, e temaki crocante de atum, em baixo, fotos de JMS]
Quem espreitar boa parte das revistas de lifestyle que está agora nas bancas vai ficar com a impressão de que os temakis — para quem não sabe: cones, mas também rolos, de alga nori crocante com arroz e uma combinação quase infinita de recheios salgados ou doces — são uma novidade absoluta em Lisboa. Pois não são; apenas ainda não viraram moda e, como tal, muito boa gente não deu por eles.
A Noori, a cadeia pioneira do género em Portugal, abriu a sua primeira temakeria em 2009 — isso mesmo: 2009 — na rua do Crucifixo, à Baixa, e já conseguiu fidelizar clientela suficiente para se aventurar em mais outros três endereços (a saber: no Monumental, ao Saldanha, no Centro das Amoreiras e no Cascais Shopping). A loja-matriz da Baixa é, na verdadeira acepção da palavra, um cochicho. Mas a localização, ainda que se possa passar distraidamente por ela sem dar por isso, é boa, entre a saída do metro e a entrada traseira dos Armazéns do Chiado.
O conceito destas casas não vem do Japão, mas sim do Brasil, não sendo de estranhar que a parceria por trás da Noori seja luso-brasileira. Mais simples de comer, já que dispensam os pauzinhos (mas vão à mesma muito bem com os molhos de soja, wasabi ou teriyaki), os temakis e os rolls da Noori prestam-se muito à ideia de take-away (até ver, não se vê gente na rua a trincar um temaki enquanto caminha; lá chegaremos, quem sabe), mas, mesmo acanhado, há balcões e bancos para quem quiser comer in loco. Foi o que fiz hoje, com pouco tempo para almoçar e pouco disposto a gastar muito. Os "nooris" são vendidos à unidade (a partir de €3,25, €3,50), mas existem opções de combinados (com bebida) que nos permitem comer por um preço médio de €7.
Frios ou quentes, simples ou especiais, em rolo ou em cone, salgados ou doces (neste caso, em vez de alga utilizam bolacha e no recheio vai fruta e/ou chocolate), os mais comuns levam alga por fora e por dentro arroz combinado com salmão, atum e queijo-creme Filadélfia, mas existem versões crocantes, mais picantes, vegetarianas, light sem arroz (substituído por rúcula) e até de tempura de gambas. Confesso que já comi melhor — precisamente no Brasil, onde a variedade é maior —, mas, além de achar prático, sobrou-me vontade para fazer novas incursões e experimentar outras combinações.
Rua do Crucifixo, 87, todos os dias, das 11.00 às 22.00 (a loja do Saldanha fica aberta até às 23.00 e a das Amoreiras e do Cascais Shopping até às 00.00)
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