A pretexto de um jantar de aniversário, desemboquei, um pouco às cegas, no largo de São Domingos, ao Rossio. Tendo como referência a incontornável Ginjinha, a própria igreja de São Domingos e o D. Maria II, procurei, em vão (até nas Portas de Santo Antão), algo que se parecesse vagamente com um restaurante chamado Chaminés do Palácio. Acabei por achá-lo no pátio interior do edíficio rosa que me habituei a dar por certo ali sem nunca me ter verdadeiramente interrogado sobre a sua proveniência. Não serei o único, estou certo.
Esta localização improvável acaba por ser o primeiro trunfo deste novo projecto de restauração, pois dá o mote que faltava para entrarmos no Palácio da Independência e ficarmos a saber que existe, em pleno coração alfacinha, um par de chaminés cónicas, semelhantes às do Palácio da Vila em Sintra, que de outra forma passam totalmente despercebidas.
O espaço inclui um sala de azulejos e um claustro, que faz as vezes de esplanada, e serve, de segunda a sexta, almoços com pratos, a partir dos €7,50, de cozinha contemporânea com um toque português - daí os hambúrgueres de atum e de alheira de bacalhau ou caça, por exemplo. À noite, o Chaminés do Palácio abre apenas para jantares de grupo, com um mínimo de 14 participantes. Para já, a minha experiência limita-se a esta última fórmula e recomendo. Gostei do ambiente (porque a noite estava amena, pudemos jantar no claustro), da ementa (entrada, prato principal, sobremesa, café e vinho, o que não deu mais do que €20 por pessoa num grupo de 25) e do facto de terem fechado para nós, sem mistura de festas. Gostei menos de termos sido "apressados" a sair por volta da meia-noite, ainda que compreenda.
Largo de São Domingos, 11, tel. 213 241 470, de seg. a sex., das 12.30 às 15.00
1 comentário:
Enfim, de volta!!!
Vai ser bom te ler outra vez, Miguelito, e viajar contigo, agora por Lisboa. Vou assim descobrindo os lugares imperdíveis aos quais vocês "obrigatoriamente" me levarão, quando eu estiver por aí.
Não são raras as vezes em que passamos por um lugar e pouco percebemos dele. O Centro do Rio é assim, tu bem sabes. E eu muito gostaria de ter me tornado uma jornalista de viagens, para que meu trabalho me tirasse dos papeis e me levasse às ruas...
Invejinha branca, meu amigo. Invejinha branca.
;)
Beijo!!
Saudades!!
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