29.9.10

muji chiado


[Fachada da Muji, na rua do Carmo, foto de JMS]



Sem data de abertura confirmada, tudo indica, todavia, que deve abrir as suas portas em Novembro, a tempo de ainda capitalizar a pré-época de compras natalícias.
Quem, como eu, há muito se interrogava por que razão a japonesa Muji — célebre em todo o mundo por vender produtos de marca branca, mas funcionais, com um design atractivo e um preço acessível — tardava em abrir uma loja em Portugal, pode constatar, ao passar por estes dias pela rua do Carmo, ao Chiado, que a espera está prestes a ser compensada.
Com um área total de 300 m2, dividida por dois pisos, a loja de Lisboa, que nos chega pelas mãos de investidores espanhóis, está já avançada e os responsáveis prometem não só a vasta linha de acessórios voltados para o trabalho e lazer, mas também toda a gama de produtos criados mais recentemente para a casa (mobiliário, louças, têxteis...). Agora é só esperar para ver e crer.



Rua do Carmo, 63-75

17.9.10

as quintas do flores

[Menu Tapas Gourmet, em cima, e panorâmica do Flores, à noite, foto de JMS]


A convite do Bairro Alto Hotel, ao Chiado, fui conhecer o novo menu Tapas Gourmet, disponível desde Agosto, aos jantares, todas as quintas-feiras no seu restaurante Flores.
Friso que foi a convite por uma questão de transparência - que tratarei de manter como princípio deste blogue sempre que for o caso, o que não é possível muitas vezes noutros espaços -, mas isso não me impede de dar aqui uma opinião sincera e isenta.
Assumo sem rodeios que tenho uma simpatia especial por este hotel, aberto há cinco anos; pela sua localização, pelo charme, pela equipa motivada e, sobretudo, pelo que mudou na hotelaria da capital, sendo um dos primeiros, e mais dinâmicos, a tudo fazer para não cair na "mesmice" e atrair a si lisboetas ou não que, não estando hospedados no hotel, não se querem privar do seu bar ou do seu terraço (eleito, ainda há pouco, com um dos mais panorâmicos em todo o mundo), por exemplo.
Pequeno e intimista, o restaurante tem alinhado pela mesma postura. Passou por algumas mudanças, mas desde há um bom tempo que o chef Luís Rodrigues assume o seu comando e se empenha em, de tempos a tempos, introduzir novidades. É o caso deste conceito agora introduzido, pensado para os jantares das quintas-feiras. Composto por couvert (destaco a pasta de beringela e o pão com azeitonas) quatro entradas (gostei mais das lascas de presunto Pata Negra, com pão rústico tostado e piso de coentros, e das vieiras com molho de gengibre e alcachofras), um prato quente, três sobremesas (gostei mais do crème brulée de laranja) e café. O custo por pessoa é de €38,50 e não inclui bebidas (só o café). Não é um preço para todas as carteiras, nem um conceito para todos os gostos (as doses são minimais, prestando-se a quem aprecie o espírito da degustação), mas cumpre perfeitamente o proposto.

Bairro Alto Hotel, Pç. Luís de Camões, 2, tel. 213 408 252, todas as quintas-feiras, das 19.30 às 22.00, reserva aconselhada

14.9.10

quinoa

[Detalhe do balcão, foto de JMS, aspecto geral da sala, foto D.R., e close-up de alguns produtos à venda, foto D.R.)]


Abriu no último mês de 2009, mas há quem, como eu, só tenha começado a dar por ela, nos últimos tempos, quando se sobe ou desce a rua do Alecrim. E, no entanto, a Quinoa, frente ao quartel dos Bombeiros, não passa despercebida, pois a sua enorme porta encarnada - a que se juntou um layout atractivo a condizer - destaca-se na fachada do prédio centenário.
Projecto de duas irmãs, Filipa e Alexandra Borges, a casa tomou o lugar de um antiquário e, entre outras coisas, recuperou para seu uso e deleite de quem entra, uma escadaria, que dá acesso ao mezanino, do século XIII.
Como loja gourmet, confesso que não me convenceu (ainda). A meia dúzia de prateleiras e uns quantos expositores, apesar da boa apresentação e de exibirem marcas como a Fauchon, a Mariage Frères, a Kusmi ou a Choc-o-lait, não chega para impressionar e sabe a pouco. Como cafetaria ou salão de chá, elogio o bom gosto do espaço, dividido pelo rés-do-chão e pelo mezanino, mas não pude deixar de registar que tive de me contentar com a terceira escolha, pois não tinham nem pão de Deus nem croissants "normais", apesar de mencionados várias vezes na carta - tal como ouvi outra cliente, resignada, perguntar se não havia mais salgados para além de umas empadas (de doces pareceram-me mais prevenidos).
Seja como for, quem for lanchar tem, supostamente, à sua disposição vários tipos de chás (da já citada Kusmi), iogurtes, cafés, leite, achocolatados, torradas, scones e croissants. Do mesmo modo, servem, segundo apurei (mas não comprovei), refeições ligeiras (bem como brunchs aos fins-de-semana, entre os €9 e os €14) com propostas saudáveis de sanduíches incrementadas e saladas, e apostam em dois turnos de happy hour (das 12.00 às 15.00 e das 16.00 às 20.00), com destaque para cervejas (belgas, alemãs e irlandesas) e vinhos.
Como padaria, o verdadeiro cartão de visita da Quinoa, o caso é diferente - e lá está uma frase pitoresca "roubada" a Mia Couto, por cima do balcão, para o reforçar. Ai sim, e até a avaliar pelas pessoas que passaram unicamente para buscar pão enquanto ali estive, vê-se que a casa está a fazer uma reputação na zona. Com fabrico próprio e a garantia de que todos os seus pães, num total de 10 variedades, são 100% biológicos (ou seja, sem fermentos ou aditivos), a ideia é não só vender ao público, mas também usá-los na cafetaria.
No geral, achei os preços razoáveis - os pães, por exemplo, custam entre €0,30 e €4,50 a unidade. Por um cappuccino e um croissant de cereais com fiambre paguei €3,50.

Rua do Alecrim, 54, tel. 213 473 926, de seg. a qua., das 08.00 às 20.00, de qui. a sex., das 08.00 às 22.00, aos sáb., das 10.00 às 22.00, e aos dom., das 10.00 às 20.00

10.9.10

fábulas

[Exterior, na calçada (foto D.R.), e duas das salas interiores (fotos de JMS)]


Sexta-feira, ao final da tarde, no Chiado. Munido de vários suplementos de jornal e um livro de Bret Easton Ellis, sinto-me tentado a aterrar num dos lugares do costume - no caso, o Vertigo ou o Kaffehaus, de quem ainda hei-de falar convenientemente neste blogue; não agora -, mas resisto e vou antes matar a curiosidade várias vezes adiada.
O Fábulas abriu em finais de 2008 (se não me falham os cálculos), ainda assim, sempre que o menciono a amigos ou a conhecidos, a resposta varia entre os que não deram por ele - escondido que está, a meio da Calçada Nova de São Francisco, ao lado do Amo-te Chiado, entre as ruas Nova do Almada e Ivens -, e os que já lá foram e, por uma ou outra razão que não me souberam explicar, não ficaram totalmente convencidos.
Quem o vê de fora - e vim a descobrir a posteriori uma segunda entrada no pátio que dá directamente para a rua Garrett -, imagina um espaço acanhado e escuro. De acanhado tem pouco, pois o termo certo é mais labirinto, ou gruta, de salas e corredores, em número suficiente para abarcar o conceito de restaurante, cyber-café, galeria de arte e bar de vinhos; de escuro, e pesado, tem um pouco, sobretudo nas salas de arcos e tectos abobadados com as paredes pintadas de encarnado vivo a alternarem com outras descarnadas, tornando-se todavia mais claro à medida que se vira para o pátio interior.
Magicado por um casal luso-polaco, que se conheceu em Itália, nota-se que o Fábulas nasceu do improviso e que vai somando pontos com quem conta um conto. A decoração é prova disso, num estilo agora muito em voga, a que eu chamo "miscelânea", misturando móveis e peças (como velhas máquinas de costura Singer) catadas em feiras de velharias com outros de design mais clean. A ementa também tem sofrido, ao que sei, ajustes. O espaço começou por fechar ao domingo, o que se revelou uma má decisão para quem queria fazer do brunch uma das suas apostas. Questão resolvida. Fui ali para lanchar, mas uma olhadela rápida na carta deu para perceber que há refeições leves, tostas, crepes doces, gelados e outras sobremesas, saladas, cafés, chás, vinhos, aperitivos e cocktails.
Por um sumo de melancia e uma tosta de presunto com queijo Brie paguei €7,10 (verdade seja dita: a tosta dava à vontade para duas pessoas). Consegui ler (embora também haja revistas no local para o efeito) e estar à vontade num dos seus sofás XXL. Senti, quiçá, que lhe faltava "ambiente", mas talvez a hora não fosse, com o tempo bom lá fora, a mais acertada. Seja como for, voltarei um dia destes para um tira-teimas; de preferência quando fizer frio.

Calçada Nova de São Francisco, 14, tel. 216 018 472, de seg. a qua., das 10.00 às 00.00, de qui. a sáb., das 10.00 à 01.00, aos dom., das 10.00 às 20.00

8.9.10

fashion's night out

O evento já vai no segundo ano consecutivo, mas para Lisboa, no dia 9, entre as 19.00 e as 00.00, é uma estreia absoluta, juntando-se assim a mais de uma centena de cidades espalhadas por 15 países à volta do mundo.
A ideia é a de proporcionar, fora do horário comercial e em espírito de happy hour, acesso a cerca de 90 lojas de grandes marcas nacionais e internacionais que se associaram a esta edição no perímetro entre a Avenida da Liberdade, a Rua Castilho e o Chiado. Além de descontos, que os organizadores prometem ser significativos, haverá ainda, de hora a hora, sorteio de brindes para quem efectuar compras (caso da Fashion Clinic) ou oferta de produtos (a Tease, por exemplo, anunciou no Facebook mini cupcakes de graça para acompanhar os seus cocktails).
A Fashion's Night Out, uma iniciativa promovida pela revista de moda Vogue, vai reverter parte do seu lucro para a associação Ajuda de Berço e não vai limitar a animação à festa VIP de abertura (que será apenas para convidados); nas ruas indicadas, vários Dj's vão tocar os seus sets para embalar quem passa.
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