14.9.10

quinoa

[Detalhe do balcão, foto de JMS, aspecto geral da sala, foto D.R., e close-up de alguns produtos à venda, foto D.R.)]


Abriu no último mês de 2009, mas há quem, como eu, só tenha começado a dar por ela, nos últimos tempos, quando se sobe ou desce a rua do Alecrim. E, no entanto, a Quinoa, frente ao quartel dos Bombeiros, não passa despercebida, pois a sua enorme porta encarnada - a que se juntou um layout atractivo a condizer - destaca-se na fachada do prédio centenário.
Projecto de duas irmãs, Filipa e Alexandra Borges, a casa tomou o lugar de um antiquário e, entre outras coisas, recuperou para seu uso e deleite de quem entra, uma escadaria, que dá acesso ao mezanino, do século XIII.
Como loja gourmet, confesso que não me convenceu (ainda). A meia dúzia de prateleiras e uns quantos expositores, apesar da boa apresentação e de exibirem marcas como a Fauchon, a Mariage Frères, a Kusmi ou a Choc-o-lait, não chega para impressionar e sabe a pouco. Como cafetaria ou salão de chá, elogio o bom gosto do espaço, dividido pelo rés-do-chão e pelo mezanino, mas não pude deixar de registar que tive de me contentar com a terceira escolha, pois não tinham nem pão de Deus nem croissants "normais", apesar de mencionados várias vezes na carta - tal como ouvi outra cliente, resignada, perguntar se não havia mais salgados para além de umas empadas (de doces pareceram-me mais prevenidos).
Seja como for, quem for lanchar tem, supostamente, à sua disposição vários tipos de chás (da já citada Kusmi), iogurtes, cafés, leite, achocolatados, torradas, scones e croissants. Do mesmo modo, servem, segundo apurei (mas não comprovei), refeições ligeiras (bem como brunchs aos fins-de-semana, entre os €9 e os €14) com propostas saudáveis de sanduíches incrementadas e saladas, e apostam em dois turnos de happy hour (das 12.00 às 15.00 e das 16.00 às 20.00), com destaque para cervejas (belgas, alemãs e irlandesas) e vinhos.
Como padaria, o verdadeiro cartão de visita da Quinoa, o caso é diferente - e lá está uma frase pitoresca "roubada" a Mia Couto, por cima do balcão, para o reforçar. Ai sim, e até a avaliar pelas pessoas que passaram unicamente para buscar pão enquanto ali estive, vê-se que a casa está a fazer uma reputação na zona. Com fabrico próprio e a garantia de que todos os seus pães, num total de 10 variedades, são 100% biológicos (ou seja, sem fermentos ou aditivos), a ideia é não só vender ao público, mas também usá-los na cafetaria.
No geral, achei os preços razoáveis - os pães, por exemplo, custam entre €0,30 e €4,50 a unidade. Por um cappuccino e um croissant de cereais com fiambre paguei €3,50.

Rua do Alecrim, 54, tel. 213 473 926, de seg. a qua., das 08.00 às 20.00, de qui. a sex., das 08.00 às 22.00, aos sáb., das 10.00 às 22.00, e aos dom., das 10.00 às 20.00

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