[Os dois Citroëns DS3 personalizados (foto divulgação)] |
Não sei como está a correr na prática, mas, como ideia, tem tudo para dar certo e para constituir uma forma diferente de ver e desfrutar a cidade.
Nos últimos anos, a chamada arte de rua passou a ser encarada com maior seriedade e vista com outros olhos — muito graças à projeção internacional de artistas como Banksy —, mas, ainda assim, há quem insista em não enxergar as diferenças entre estas intervenções e o simples vandalismo.
Com graffitis premiados — só para dar um exemplo recente, o jornal britânico The Guardian elegeu o graffiti num prédio devoluto da avenida Fontes Pereira de Melo (que reproduzo abaixo), realizado por OsGemeos (dois irmãos de São Paulo), o italiano Blu e o espanhol Sam3, como um dos 10 melhores trabalhos de arte urbana do mundo —, a cidade de Lisboa está debaixo de mira e por isso a agência Torken, em colaboração com a Câmara Municipal, desenvolveu para a GAU (Galeria de Arte Urbana) um conjunto de ações das quais destaco o programa "Reciclar o olhar".
[O graffiti num prédio devoluto de Lisboa que chamou a atenção do The Guardian (foto com direitos reservados)] |
Para o efeito convidaram um conjunto de autores — Dalaiama, Diogo Machado, Edis One, Glam, I am from Lisbon, Kebekua, Maria Imaginário, Miguel Brum, Nurea, Pantónio, ParizOne, Recan, Rui Ventura, STU, Travis, Vanessa Teodoro e CHURE — a deixar o seu registo plástico em vidrões "Iglo" espalhados pela cidade.
[Um tour de arte de rua exige dois carros à altura, personalizados por street artists (foto divulgação)] |
Só isso já seria interessante, mas o mais giro é que qualquer pessoa, turista ou não, se pode inscrever no sítio da Gau e nas redes sociais (estão previstas também aplicações para iPhone e iPad) para, com guia e a bordo de um Citroën DS3 personalizado por ParizOne e Vanessa Teodoro, passar em revista as várias obras seleccionadas nas ruas de Lisboa.
Deixo-vos aqui o vídeo e também o link para quem se quiser inscrever nos tours.
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