10.4.11

extra: peixe em lisboa (até 17-04)

[Pátio da Galé, ao Terreiro do Paço, durante o evento Peixe em Lisboa e o chef Nuno Mendes (à dir.), do restaurante londrino Viajante, durante a sua apresentação no auditório (fotos de JMS)] 


A quarta edição do Peixe em Lisboa arrancou na passada quinta-feira, mas é provável que muitos tenham feito como eu e esperado pelo fim-de-semana para ir até ao Pátio da Galé, ao Terreiro do Paço. 


À semelhança do que aconteceu com a Moda Lisboa, também este evento gastronómico escolheu juntar às suas novidades um espaço ainda recente (inaugurado em Fevereiro) que, aos poucos e poucos, se vai dando a conhecer a locais e forasteiros. Para já, e fora as ocasiões especiais, o Pátio da Galé, na esquina da Praça do Comércio com a rua do Arsenal (numa área outrora ocupada por um parque de viaturas dos Correios), tem pelo menos duas esplanadas em funcionamento, mas dele, propriamente, falarei um outro dia.


A decorrer até ao dia 17 de Abril, entre as 12.00 e as 00.00, o Peixe em Lisboa, para quem não sabe, não tem só a ver com o dito. O seu primeiro grande atractivo, para um público atento mas não necessariamente gourmet, está precisamente na diversidade, pois reúne no mesmo espaço 13 restaurantes de primeira linha da Grande Lisboa: de Arola ao Eleven, passando pela Fortaleza do Guincho, José Avillez, Assinatura, sem esquecer o 100 Maneiras, o Umai, o Ribamar ou a York House.


Mas, a proposta é significativamente diferente, pois a ideia é que dêem a conhecer (e a provar) a sua cozinha de uma forma mais informal e a um custo mais acessível. Instalados em pequenos stands dispostos ao redor do pátio, todos os dias, cada um destes restaurantes prepara uma pequena lista de acepipes (entre pratos e sobremesas) que anuncia na respectiva ardósia negra.


Degustação é a palavra-chave, logo não espere porções XL, mas os preços também não vão além dos €5 a €8 (durante a semana, aos almoços, o bilhete de entrada por pessoa custa €15 e dá direito a 2 degustações de €5 cada; aos jantares, só dá direito a uma; grupos e/ou quem for mais vezes ficam a ganhar). As bebidas, por regra, saem a €1,50.


Outro atractivo está, a meu ver, no facto, de, em paralelo, haver uma programação que, consoante os dias, inclui provas de vinhos, cervejas e águas, aulas culinárias, workshops, harmonizações eno-gastronómicas, concurso do melhor pastel de nata, um mercado muito razoável de produtos regionais gourmet ou a caldeirada final da praxe.


O pequeno auditório, por seu turno, cumpre uma função mais direccionada para os amantes da alta gastronomia, entendidos ou não no assunto, pois recebe, à vez, um lote de chefs portugueses e estrangeiros de gabarito que, durante mais ou menos uma hora, preparam à frente da plateia vários pratos, enquanto explicam os mesmos e falam um pouco sobre si e sobre o seu percurso. Por lá já passou o catalão Sergi Arola (de que falei no post anterior), duas estrelas Michelin, ou o português Nuno Mendes, que, ao serviço do restaurante londrino Viajante, conquistou este ano a sua primeira estrela Michelin e está a despertar muita atenção. 


Não serão os únicos, pelo que vale a pena consultar o programa e confirmar quem serão os senhores que se seguem. É o que farei nos próximos dias e disso darei aqui conta.


Pátio da Galé, Terreiro do Paço, até 17 de Abril, das 12.00 às 00.00 (16.00 no último dia, 17), entrada desde €15/pax

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